terça-feira, 5 de abril de 2011

OEA pede que Brasil suspenda Belo Monte, e governo se diz 'perplexo'

Itamaraty se disse 'perplexo' por questionamentos a Belo Monte

A OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu ao Brasil a 'suspensão imediata' do processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), provocando 'perplexidade' no governo brasileiro, segundo nota do Itamaraty.

Em documento de 1º de abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA solicita que 'se impeça qualquer obra de execução até que sejam observadas condições mínimas'.

Entre essas condições estão uma nova consulta com as comunidades indígenas locais, que devem ter acesso a um estudo do impacto socioambiental da obra, e a adoção de 'medidas vigorosas para impedir a disseminação de doenças' entre os índios.

O documento, divulgado nesta terça-feira por ONGs que se opõem à hidrelétrica, é assinado por Santiago Canton, secretário-executivo da comissão de direitos humanos.

Trata-se de uma resposta à denúncia encaminhada em novembro passado pelas ONGs e pelas comunidades indígenas locais, que alegam não terem sido consultadas 'de forma apropriada' sobre a hidrelétrica, que causaria 'impactos socioambientais irreversíveis' em suas vidas.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Itamaraty diz que as solicitações da OEA são 'precipitadas e injustificáveis', alegando que os aspectos socioambientais estão sendo observados com 'rigor absoluto', que a obra cumpre as leis brasileiras e que foi submetida a avaliação técnica.

'Sem minimizar o papel que desempenham os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos, o governo brasileiro recorda que o caráter de tais sistemas é subsidiário ou complementar, razão pela qual sua atuação somente se legitima na hipótese de falha dos recursos de jurisdição interna', diz a nota.

Penalidades

Por conta da denúncia, a comissão de direitos humanos da OEA solicitou ao Brasil informações sobre o processo de licenciamento de Belo Monte, consulta à qual o país respondeu.

Segundo especialistas, não há penalidade imediata se o Brasil não seguir a recomendação da OEA. Mas, em tese, o país é instado a seguir as orientações como um reconhecimento da legitimidade da organização, diz Paulo Brancher, professor de direito internacional público da PUC-SP.

Se a recomendação não for seguida pelo Brasil, o caso pode ser levado para a Corte Interamericana da OEA - nesse caso, a decisão seria vinculante, explica Oscar Vilhena, professor da FGV e também especialista em direito internacional.

O desfecho do caso na corte é nebuloso por envolver violações de direitos humanos em potencial, ainda não cometidas, diz Brancher. Mas Vilhena ressalta que a Corte Interamericana costuma se alinhar às recomendações da Comissão de Direitos Humanos.

A assessoria de imprensa da Norte Energia, consórcio responsável pela usina, não se manifestou sobre a recomendação da OEA, dizendo que ela deve ser tratada 'no âmbito do Estado', mas agregou que as obras complementares à usina, como a construção de escolas e centros de saúde nos arredores de Belo Monte, estão prosseguindo normalmente.

O início da construção da usina é previsto para este mês, segundo a assessoria, quando é esperada a licença ambiental definitiva do Ibama.

Batalhas judiciais

A construção da hidrelétrica - obra do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), do governo federal - já enfrentou diversas batalhas judiciais.

Seu leilão foi suspenso duas vezes antes de finalmente ser concretizado, em abril de 2010.

Em fevereiro passado, a Justiça Federal do Pará havia derrubado a licença ambiental que prevalecia até então por considerar que a Norte Energia não havia cumprido precondições para o início da construção.

Em 3 de março, Tribunal Regional Federal permitiu que a obra fosse retomada, mas ainda cabe recurso.

Os argumentos do governo são de que a obra beneficiaria 26 milhões de brasileiros e de que o projeto prevê a preservação flora e da fauna, a transferência de comunidades afetadas e a manutenção da vazão do Rio Xingu.

Produtores rurais fazem manifestação em Brasília e pedem aprovação de novo Código Florestal


Da Agência Brasil

Brasília - Cerca de 15 mil produtores rurais de vários estados brasileiros fizeram hoje (5) uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para pressionar pela aprovação da reforma do Código Florestal, que está em discussão na Câmara dos Deputados. Representantes do agronegócio defendem o texto apresentado pelo relator da proposta, o deputado Aldo Rebello (PCdoB- SP).

O projeto de lei foi aprovado no ano passado em uma comissão especial na Câmara. Polêmico, o texto foi alvo de contestações de ambientalistas, da comunidade científica e de movimentos sociais ligados à área rural.

Para a pequena produtora de Mato Grosso do Sul, Maria Andréia, o agricultor rural é considerado o 'grande vilão' pelos ambientalistas. 'Se a nova lei for aprovada quem já desmatou vai produzir em cima do que já tem, na área de 20% de reserva legal, e com isso não vai prejudicar o meio ambiente como eles estão dizendo e vai favorecer a todo mundo', disse.

'Os maiores ambientalistas do país são os agricultores', completou o deputado Vilson Covatti (PP-RS) que também estava presente na manifestação.

Segundo a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, a situação de insegurança jurídica prejudica as atividades no campo, por isso há a necessidade de regularização das áreas de plantio. 'Os produtores podem produzir mais alimentos sem que seja preciso ocupar novas áreas, desde que a legislação ambiental seja modernizada', declarou.

A mobilização durará o dia inteiro. O ponto alto está previsto para as 14h30 quando as alterações no Código Florestal serão discutidas em audiência pública na Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

Para o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que participou da manifestação, o parlamentar que não votar a favor do código será considerado traidor.

Logo depois da audiência, os produtores devem dar um 'abraço simbólico' no Congresso Nacional.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Estádios Sustentáveis

Estádios da Fifa deverão ser sustentáveis




Projeto do Estádio Mané Garrincha para a Copa de 2014: a arena esportiva de Brasília foi a primeira do Brasil a entrar com pedido para certificação Leed





Nova norma estabelece que, para serem homologados pela Fifa, estádios deverão possuir certificado de construção sustentável. No Brasil, para acelerar o processo, o BNDES está oferecendo vantagens de financiamento para as obras das arenas esportivas que estão alinhadas com os princípios estabelecidos para esse tipo de construção.


Os grandes impactos da construção civil no meio ambiente já não são segredo para ninguém: de acordo com dados da ONG GBC-Brasil - Green Building Council Brasil*, o setor é responsável por 65% da produção anual de lixo do país, além de responder por 25% das emissões de CO2e e 41% do consumo de energia elétrica. Para tentar mudar essa realidade, muitos movimentos no Brasil e no mundo defendem os princípios da construção sustentável e, agora, até mesmo a Fifa - Federação Internacional de Futebol está aderindo à causa.

A mais nova exigência do Caderno de Encargos da Fifa, para os estádios que têm a pretensão de serem homologados pela Federação, é que as arenas esportivas possuam certificado internacional que ateste que suas obras foram realizadas em alinhamento com os princípios da construção sustentável. A certificação ainda deverá ser emitida por um dos três principais selos verdes do ramo: o Green Star, o Green Globes ou o Leed - Leadership in Energy and Environmental Design*, que no Brasil é concedido pela GBC.

Paralelo a isso, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou outra novidade que promete incentivar ainda mais o setor da construção sustentável: a instituição acaba de criar duas linhas de crédito - uma para arenas esportivas e outra para hotéis - que oferece vantagens de financiamento para as obras comprometidas com os princípios da construção responsável.

As novidades parecem, mesmo, ter despertado o interesse do setor esportivo pelas obras sustentáveis: cinco dos 12 estádios brasileiros que foram escolhidos para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 já entraram com pedido para certificação Leed. "O primeiro foi o Mané Garrincha, em Brasília, que já possuía projetos que seguem essa linha de atuação. Em seguida, vieram os outros estádios, que ficam em Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador", contou Marcos Casado, gerente-técnico da GBC-Brasil, que ainda completou: "Há uma sexta arena esportiva que entrou com pedido de certificação Leed, mas não foi eleita para sediar os jogos de 2014: a do Grêmio, em Porto Alegre. Lá, o Internacional - que é privado e ainda não demonstrou interesse no selo Leed - foi eleito como estádio-sede da Copa, mas acredito que ele corre o risco de perder esse posto para o Grêmio, exatamente por conta dessa questão da construção sustentável".

BENEFÍCIOS PÓS-COPA DO MUNDO
Na opinião dos profissionais da GBC-Brasil, as novidades não só ajudarão a termos uma Copa do Mundo mais verde em 2014, no Brasil, como também trarão benefícios para o país após o evento esportivo. "Os torcedores experimentarão os benefícios dos estádios sustentáveis - como melhor conforto e maior visão do gramado, além das vantagens ambientais - e começarão a demonstrar maior interesse nessas arenas esportivas. Logo, os estádios que ainda não estão de acordo com os princípios da construção sustentável sentirão a concorrência e também vão querer elevar seu padrão de qualidade", disse Maria Clara Coracini, que é diretora-executiva da GBC-Brasil.

Já o gerente operacional da ONG, Felipe Faria, lembra de um outro benefício, que está relacionado à paixão do brasileiro pelo esporte e, sobretudo, pelo futebol: "Eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas mobilizam todo o país e, por isso, tem um potencial gigantesco para transmitir mensagens à população. Acredito que, ao chamar a atenção para a questão da sustentabilidade, esses eventos podem ajudar a acelerar o processo de conscientização das pessoas".

Para Faria, ao vivenciar os benefícios das construções sustentáveis, os brasileiros passarão a levar mais em conta os critérios socioambientais na hora de comprar um imóvel. "Isso vai ajudar a aquecer o mercado residencial da construção sustentável, que ainda enfrenta dificuldades. Muitas construtoras alegam que não adotam os princípios da certificação Leed porque os clientes ainda não entendem os benefícios de pagar um pouco a mais pelo imóvel para ter economia financeira e maior bem-estar no futuro. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem ser excelentes oportunidades para mudar essa visão dos consumidores", afirmou.


Ozzy e Grêmio

Ozzy empolga público gaúcho e promete retorno em 2012



O Ozzy pega uma bandeira do Grêmio e se enrola nela (3min.).


PORTO ALEGRE - O príncipe das trevas, como também é conhecido Ozzy Osbourne, subiu ao palco do Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre, sua primeira parada na etapa brasileira da turnê de divulgação de seu último álbum, Scream, às 21h desta quarta-feira, arrepiando as 12 mil pessoas presentes da cabeça aos pés com um repertório composto, principalmente, por músicas clássicas de sua carreira, e do Black Sabbath, banda que o consagrou.

Ozzy abriu o show com Bark At the Moon e levou a galeraao delírio ao se cobrir com bandeiras do Grêmio e do Estado do Rio Grande do Sul. "Como vocês estão? Demoramos muito tempo para vir na cidade de vocês, se vocês elouquecerem o bastante, deveremos voltar no ano que vem", disse, antes de emendar a música título do disco novo, Scream.

No entanto, o show de Ozzy foi baseado em clássicos de sua carreira, e logo na terceiramúsica começaram os teclados de Mr Crowley que enlouqueceram os mais nostálgicos, enquanto Ozzy jogava um jato de espuma e baldes de água na plateia. "Vocês vão enlouquecer ou não?", perguntava antes de começar a tocar a música seguinte: I Don´t Know.

O roqueiro inglês (que dificilmente vai virar lorde pelas barbaridades que cometeu no decorrer de sua vida, que deixariam Mick Jagger e Paul McCartney parecendo colegiais inglesas) dizia se alimentar com o clamor da plateia . "Me alimentem", gritava enquanto o público chamava seu nome.

O ex-integrante da fase mais clássica do Black Sabbath não poderia deixar de resgatar músicas de sua antiga banda, e como é de praxe, tocou War Pigs, Iron Man, Paranoid e as obscuras Fairies Wear Boots e Rat Salad, esta última, um instrumental no qual seu atual baterista, Tommy Clufetos, provou ser um verdadeiro filhote de John Bonhan (baterista do Led Zeppelin, conhecido pela ferocidade com que atacava o instrumento) ofuscando inclusive o solo do guitarrista Gus G., que apesar da parede valvulada de Mesa Boggies, não conseguiu empolgar tanto quanto o companheiro de banda.

A certa altura, Ozzy foi presenteado com uma bandeira do Grêmio e a enrolou em seu corpo, para a alegria, ao menos, de boa parte dos presentes - a apresentação ocorreu no ginásio do Internacional, rival tricolor, que disputava partida válida pela Copa Libertadores no vizinho estádio do Beira-Rio bem na hora do show.

Ao fim das 15 músicas, quem esperava um show morno de um senhor de mais de 60 anos, saiu com o pescoço mole de tanto bater cabeça. Apesar da idade, Ozzy mostra estar em muito boa forma e apresentou um show que satisfaz até mesmo os mais desacreditados.

Jornal do Brasil

Dilma e Lula acompanham velório de Alencar em Minas


A presidente Dilma Rousseff chegou no fim desta manhã ao velório do ex-vice-presidente José Alencar, no Palácio da Liberdade, região central de Belo Horizonte. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou junto de Dilma. No velório, também estão os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Itamar Franco (PPS-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).

O cerimonial do governo de Minas Gerais abriu, às 11h06, a visitação pública para o velório de Alencar no Palácio da Liberdade. Mais cedo, ocorreu uma cerimônia reservada conduzida pelo arcebispo metropolitano da capital mineira, d. Walmor Oliveira de Azevedo.

O corpo de Alencar chegou às 10h30 ao palácio. Na chegada do cortejo fúnebre, o corpo foi recebido com honras militares e aplaudido pelo público presente na praça e por amigos e parentes que o aguardavam na entrada principal da antiga sede do governo do Estado.

terça-feira, 29 de março de 2011

Aos 79 anos, morre o ex-vice-presidente José Alencar

Político se transformou em símbolo da luta contra o câncer


Político se transformou em símbolo da luta contra o câncer - José Cruz, Agência Brasil

Após mais de uma década de luta contra o câncer, o ex-vice-presidente José Alencar morreu aos 79 anos nesta terça-feira às 14h41min. A informação foi divulgada às 14h52min pela GloboNews. Alencar se transformou em símbolo de luta pela vida, pela persistência no tratamento da doença. Ele estava internado desde a última segunda-feira com quadro crítico de obstrução intestinal.

O hospital emitiu às 15h uma nota de falecimento explicando que o ex-vice presidente morreu "em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos". A nota é assinada pelo diretor técnico clínico Dr. Antônio Carlos Onofre de Lira e pelo diretor Dr. Paulo Ayrosa Galvão.

Nesta terça-feira, o médico Raul Cutait, um dos coordenadores das equipes médicas que acompanhavam o estado de saúde de Alencar, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, falou sobre a delicadeza do seu estado de saúde.

— Ele está em uma fase muito ruim da vida dele. Voltou a ter uma perfuração no abdômen, que não tem mais condições de tratamento cirúrgico. Mas estamos dando a ele todas as medidas de suporte para que ele não sofra. Ele está com muito analgésico para não sentir dor, por isso está sonolento o tempo todo — disse.

Alencar havia deixado o hospital no último dia 15 março, após passar mais de um mês internado por causa de uma inflamação no intestino. O ex-vice-presidente lutava contra o câncer desde o primeiro diagnóstico, há exatos 13 anos.

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